sábado, 13 de setembro de 2008

História da Astrologia

A origem da Astrologia, apesar de todos os progressos no campo das pesquisas históricas, antropológicas e/ou arqueológicas, perde-se no tempo. As tradições mais antigas que conhecemos, situam o início da Astrologia na região da Babilônia há cerca de 6.000 anos com os Sumerianos.

O antigo símbolo sumeriano para a divindade é a estrela, podemos assim imaginar a abundância de estrelas nos céus claros daquela região e aceitar os sumerianos quase como fundadores da Astrologia.

A influência do Sol e da Lua no meio físico deve ter sido uma grande mistério para os povos da Antigüidade. O mesmo deve ter ocorrido com relação às "estrelas que se movimentavam relativamente mais rápidas que as outras" e que se constituem nos cinco planetas visíveis a olho nu: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.

Em todas as civilizações e culturas antigas o Sol e a Lua representavam deuses com o poder de dirigir e/ou intervir na vida dos seres. Na Babilônia, onde as observações astrológicas eram levadas em grande consideração, os deuses começaram a ser conhecidos mais profundamente, associando - se aos mesmos , qualidades, valores ou mesmo significados dos corpos celestes.

Assim, Mercúrio, Deus veloz, astuto, era tido como o senhor da sabedoria, calculista, além de racional e "Mensageiro dos deuses". Marte era o regente da violência e da guerra; Júpiter, o pai dos deuses, era muito benevolente, mas também muito violento quando advertido; Saturno distante e frio era conhecido como Cronos, o Deus do Tempo.

Na Mesopotâmia existia uma classe especial de sacerdotes: a dos advinhos e magos que se utilizava da arte de prever, baseada no movimento dos astros no espaço. Na época só os soberanos tinham acessos às informações dos sacerdotes, com o tempo a aristocracia conquistou tais privilégios. Aos poucos, os conhecimentos e técnicas astrológicas foram sendo colocados ao serviço de um número crescente de pessoas, tornando - se mais aceitos e evidenciados.

Os egípcios contribuíram muito para a Astrologia, seus mapas astrais indicavam com precisão a localização dos planetas. Na antiga Grécia, a Astrologia e a Mitologia eram vistas como complementares, o que favoreceu a transmissão dos conhecimentos astrológicos. O astrônomo Claudius Ptolomeu, célebre autor do Almagesto, constitui-se em referência astronômica até a Idade Média. Em 140 DC Ptolomeu reuniu os conhecimentos astrológicos em seu Tetrabiblos, considerado primeiro tratado científico de Astrologia escrito no Ocidente. Hiparco, em, 130 a.C., descobriu o Ponto Vernal, o ponto onde a eclíptica cruza o Equador Celeste, determinando o signo de Áries, portanto o início do Zodíaco Astrológico. Após a morte de Ptolomeu em 180 d.C. a Astrologia começou a declinar no Ocidente e foi considerada como superstição quando se deu a queda do Império Romano do Ocidente.

No Oriente, especialmente entre os árabes, a Astrologia continuou se desenvolvendo e teve um reconhecimento oficial. Nos séculos VIII e IX, a Astrologia teve seu maior desenvolvimento e seu principal astrólogo-astrônomo, Abu-Maachar ou Albumansur (805-885) autor do tratado de Astrologia, Introductorium in Astronomiam. Este foi um dos primeiros livros a aparecer e sua tradução foi feito na Espanha , no início da Idade Média.

A Astrologia somente reaparece, ou seja, torna-se mais divulgada na Europa, na Idade Média, no Renascimento. Com o advento do racionalismo, devidos aos ataques de Colbert, l666, a Astrologia entrou em declínio. Era estudada e praticada de forma oculta até o séc. XIX quando ressurgiu e iniciou a reconquista de seu reconhecimento público e oficial.

Seguem alguns personagens que influenciaram os rumos da Astrologia:

Pitágoras (569 - 470 AC)
Hipócrates (460 - 359 AC)
Exarco (l90 - l20 AC)
Mamilos (48 AC - 20)
Ptolomeu (100 - 178)
Porfio (232 - 304)
Firmemos Macemos (~300)

Parte 01/04
Setembro,2008 - Eliana Gironda Fücher


Referência bibliografia:
Astrologia, A - Suzel Fuzeau-Braesch
História da Astrologia - Hades
Apostila do Curso de Astrologia da Regulus

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