sábado, 13 de setembro de 2008


Aparecimento da Astrologia Individual

Há vários séculos constituída em disciplina consagrada aos acontecimentos gerais e públicos, a Astrologia iniciava um desenvolvimento em direção ao indivíduo: falava-se então de "Astrologia Genetlíaca", palavra de origem grega. A passagem não parece nítida, mas certamente se situou na Mesopotâmia. Há um horóscopo babilônio datado de 410 A.C.

A Babilônia era então parte integrante do Império aquemênida (539 a.C. conquista de Ciro) e não deixou mais de ser dominada por estrangeiros: Pérsia, Grécia, Partia e Roma se sucederam. Parece que sob o domínio dos persas a religião da Babilônia se modificou e, menos baseada na repetição de ciclos naturais impessoais, tendeu a enfatizar o caráter único da existência de cada um e a influência preponderante da configuração do céu na hora do nascimento. Uma série de horóscopos natais foi descoberta sobre tabuinhas de argila, precedendo, sob forma de textos, os primeiros horóscopos gregos em papiro encontrados no Egito (10 A.C.).

Nesses textos, são descritas as posições planetárias no zodíaco e o horizonte já parecia desempenhar um grande papel, pois o astro que nasce é posto em relevo. As predições são preciosas. São também os primeiros esboços de uma tipologia psicológica, mesclada às predições fundamentais: "Os acontecimentos lhe serão favoráveis, ele será forte..."

Os babilônios estabeleceram métodos astrológicos de análise dos horóscopos natais individuais antes dos gregos. Os mapas da Astrologia Ocidental efetivamente aparecem, certamente sob forma rudimentar, mas reconhecível.

Ao declínio da Babilônia (última tabuinha datada de 70 a.C.) correspondeu à difusão da Astrologia no mundo mediterrâneo e o início de sua longínqua aventura, que continua até hoje.

Parte 03/04
Setembro,2008 - Eliana Gironda Fücher


Referência bibliografia:
Astrologia, A - Suzel Fuzeau-Braesch
História da Astrologia - Hades
Apostila do Curso de Astrologia da Regulus

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